segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Determinação do Índice de Qualidade do Ar numa Cidade de Média Dimensão


Porque é que insistem que os parques de estacionamento não são prejudiciais quer do ponto de vista humano, quer do ambiental?

Os principais pontos do acordo de Paris sobre o clima.
O documento aprovado na Conferência do Clima entra em vigor até 2020 e, a cada cinco anos, os países deverão rever as suas contribuições para o combate à mudança climática. Manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC.
A comunidade internacional comprometeu-se a limitar a subida da temperatura "bem abaixo dos 2ºC" e a "continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC" (...) isto implica uma redução drástica das emissões de gases de efeito estufa, com medidas como economia de energia, maiores investimentos em energias renováveis e reflorestamento. Como alcançar esse objectivo?
Dos 195 países, 186 anunciaram medidas para suster ou reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2025/2030.

Quem faz o quê?
Os países industriais "devem estar na linha de frente e estabelecer objectivos de redução das emissões em valores absolutos". Os países em desenvolvimento deverão "continuar a aumentar os esforços" na luta contra o aquecimento global "à luz de sua situação nacional".

Transparência
Todos os países devem registar e divulgar suas actividades para protecção do clima, assim como dados sobre a emissão de gases-estufa.

Dito isto vamos reflectir sobre a poluição urbana devido ao incremento dos níveis de tráfego rodoviário que a construção de mais um parque de estacionamento irá trazer para a cidade de Guimarães, nomeadamente, para o centro, onde já se encontram vários parques.
"A poluição atmosférica urbana tornou-se um dos principais factores de degradação da qualidade de vida das populações. Constitui um problema que tende a agravar-se devido, sobretudo, ao desenvolvimento desequilibrado dos espaços urbanos e ao aumento significativo da mobilidade das populações, com o consequente incremento dos níveis de tráfego rodoviário. (...) Os impactos no meio ambiente devidos aos poluentes atmosféricos urbanos são muito variados. Faz-se uma breve descrição dos impactes causados pelos principais poluentes atmosféricos presentes em meio urbano, identificando-se as suas fontes emissoras. (...)

1.1 Óxidos de Azoto (NOx) (...) Os óxidos de azoto são emitidos para a atmosfera em consequência de processos de combustão a elevada temperatura, tais como os associados aos combustíveis de automóveis, à queima de carvão e fuel.
Impacto na saúde humana: O NOx reage com a amónia humidade do ar, e outros compostos presentes na atmosfera para formar ácido nítrico (...) com grandes impactos na saúde e no ambiente. Os impactos na saúde são, nomeadamente, efeitos na função respiratória e sistema respiratório, danos nos tecidos pulmonares e morte prematura. As partículas de menor diâmetro conseguem penetrar no trato inferior do sistema respiratório e podem causar enfisema e bronquite podendo ainda agravar doenças de coração.
Chuva ácida: Os óxidos de azoto podem reagir com outras substâncias no ar e formar ácidos os quais podem cair na Terra em forma de chuva, nevoeiro ou neve ou ainda através da
deposição seca de partículas. Algumas podem ser transportadas pelo vento através de muitos quilómetros. As chuvas ácidas danificam edifícios, monumentos, podendo também baixar o
pH das correntes de águas superficiais e solo.
Alterações à escala global: Um dos compostos do grupo NOx, o óxido nitroso, é classificado de gás de estufa. Em conjunto com outros gases estufa vai contribuir para o aumento da temperatura à escala do planeta. Esta alteração traz um vasto conjunto de
Impactos nomeadamente o aumento do nível das águas do mar, alteração dos ecossistemas existentes na Terra.

1.2. Monóxido de carbono (CO)
O Monóxido de Carbono é um gás incolor e inodoro que é formado na combustão incompleta de combustíveis fósseis devido normalmente a condições de carência de Oxigénio.
É um poluente emitido para a atmosfera durante a queima de combustível, sendo o automóvel a fonte mais expressiva (...) O Monóxido de Carbono pode causar asfixia uma vez que o seu principal efeito é a redução do aporte de Oxigénio aos vários órgãos do corpo (tal como o coração e o cérebro) e tecidos.
Impacto na saúde humana: O risco proveniente de exposições prolongadas, a concentrações baixas de CO, é elevado para pessoas que sofrem de angina de peito, arteriosclerose, e insuficiência cardíaca. Para pessoas com problemas de coração, exposição a concentrações baixas deste poluente pode provocar dores no tórax e redução de capacidade de exercício. Exposições repetidas podem contribuir para outros problemas do foro cardiovascular. Exposições a elevadas concentrações de CO podem trazer problemas no sistema nervoso central. Pessoas que inalam elevados níveis de CO podem desenvolver problemas do foro visual, redução da capacidade de aprendizagem ou de trabalho, diminuição da destreza manual e dificuldade na execução de tarefas complexas. A exposição a níveis extremamente elevados pode causar a morte.
Alterações à escala global: Um composto que contribui indirectamente para aumentar Alterações à escala global: Um composto que contribui indirectamente para aumentar o efeito de estufa contribuindo para o aumento da temperatura à escala global.(...)

in Determinação do Índice de Qualidade do Ar numa Cidade de Média Dimensão, Lígia T. Silva, José F. G. Mendes, Universidade do Minho, Departamento de Engenharia Civil

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Ciclovia de Guimarães (futura)


Ruído nas Ruas Camões e Liberdade

Se for construído o parque de estacionamento para 500 carros no interior do quarteirão Camões/Caldeiroa/Liberdade passarão diariamente nestas ruas 2500 carros que provocarão este ruído.
As contas são as seguintes: se cada lugar de estacionamente for preenchido cinco vezes por dia só temos de multiplicar o número de lugares disponíveis pelo número de vezes que é ocupado.

Logo, 500x5 é igual a 2500 carros por dia.



Nota: a juntar ao ruído devemos adicionar, também, a trepidação e a poluíção do ar.

5ª Assembleia Popular na Caldeiroa

Nova convocatória!
A 5ª Assembleia Popular na Caldeiroa vai decorrer no próximo Sábado, dia 18 de Fevereiro de 2017, às 16h00, na Travessa da Caldeiroa (lugar do Olival).
Esta convocatória também se dirige àqueles que acham que não têm muita informação sobre o assunto. As assembleias também servem como meios de informação.





O que é e para que serve uma ASSEMBLEIA POPULAR?

É uma reunião pública e popular, geralmente num local aberto, onde quem o deseja é convidada(o) a exprimir livremente e de forma organizada, a sua opinião assim como ideias sobre uma situação ou questão de interesse geral, ou a tomarem resoluções em comum votando por maioria. Ao contrário de um parlamento ou assembleia estatal, aqui as pessoas participam directamente na resolução de problemas comuns em vez de elegerem “representantes” para o fazer por elas. Se escolherem alguém eleito nestas assembleias para alguma tarefa especial, esse alguém pode ser revogável a qualquer momento por nova assembleia, se não cumpriu, por qualquer razão o que se comprometeu perante o povo.
Tais assembleias funcionam em DEMOCRACIA DIRECTA propondo e votando coisas a fazer.

Como funciona?
1-As pessoas ou grupo organizador preparam uma “mesa” -conjunto de pessoas encarregado de:
a) Apresentar as questões a tratar na assembleia fazendo o possível para que quem participe fale à vez, sem qualquer espécie de censura mas também sem monopolizar a palavra, para que toda a gente possa ter a possibilidade comunicar com toda a assembleia;
b) Tomar nota das pessoas que se inscrevem para falar, dar as suas opiniões, exprimir as suas ideias. Podem ser convidadas outras pessoas presentes para fazer parte da “mesa”;
c) Tomar nota das propostas e resoluções apresentadas, assim como, dos votos dessas mesmas propostas;

2-A ASSEMBLEIA POPULAR é AUTÓNOMA relativamente a:
a) Organizações estatais e patronais;
b) Partidos políticos – embora todas as opiniões possam ser expressas na assembleia;
c) Quaisquer organizações e grupos antipopulares, racistas, xenófobos e seitas religiosas ou grupos económicos capitalistas.

Para que pode servir esta assembleia?
-Para perceber se o gigantesco parque de estacionamento é do interesse dos moradores da cidade;
- Para ganharmos o hábito de falarmos e decidirmos em conjunto o que acharmos mais importante decidir;
- Para avançarmos na organização popular;
- Para decidirmos formas de luta, de protesto e de recusa organizada das decisões antipopulares de governantes, de capitalistas e de políticos profissionais;
- Para recusarmos continuar a pagar a factura dos seus luxos, privilégios, exploração e mentiras;
- Para o mais que acharmos importante.

ORDEM DE TRABALHOS DESTA ASSEMBLEIA POPULAR NA CALDEIROA:
1-Preparação para a discussão pública sobre o processo de planeamento e construção do parque de estacionamento Camões/Caldeiroa;
2-Outros assuntos.

LOCAL, DATA E HORA:
Travessa da Caldeiroa (lugar do Olival), 18 de Fevereiro de 2017, às 16h00

Zé, Faty-finga, laranjeiras, camélias, limoeiro e pássaros


Este vídeo foi produzido a partir do interior da fábrica que foi reabilitada por uma comunidade de artistas, arquitectos, poetas, animais e amigos.
O Zé (gato) e a Faty-finga (cadela) habitam este edifício desde Janeiro de 2015 e Abril de 2016, respectivamente.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O bosque do quarteirão



Venham as brigadas verdes e não as retroescavadoras.
Um dos programas de apoio financeiro a este parque de estacionamento defende o AMBIENTE E EFICIÊNCIA DOS RECURSOS, NATUREZA E BIODIVERSIDADE e a GOVERNAÇÃO E INFORMAÇÃO NA TEMÁTICA AMBIENTE, como o Programa Life+2014-2020;
Há outro fundo como o Fundo JESSICA (Join European Suport for Sustainable Investment in City Areas) que apoia projectos ou intervenções de desenvolvimento urbano coerentes e integrados.
O projecto deste parque de estacionamento Camões-Caldeiroa não tomou em consideração as premissas deste programa e deste fundo.

ps.: Aconselhamos a aumentar o volume do áudio.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O verdadeiro pulmão do centro histórico - o único quarteirão do centro histórico com um grande "stock" de verde privado urbano

 Depois da vegetação podemos ver na imagem um edifício da Travessa de Camões.



Escrevemos em nome de uma assembleia popular que foi criada espontaneamente para dar resposta a um descontentamento popular face a uma decisão da Câmara local de desenvolver uma intervenção urbanística sem dar quaisquer informações aos seus munícipes, moradores, comerciantes e demais interessados.
Move-nos a esperança de conseguir a Vossa ajuda para alterar o rumo de um processo que, para além do que já referimos, nos parece aberrante do ponto de vista ambiental, paisagístico, arquitectónico, social, económico e funcional (para a cidade).

Trata-se da construção de um parque de estacionamento no interior de um quarteirão habitacional em pleno centro histórico de Guimarães, a escassos metros da área classificada como Património Cultural da Humanidade.
É uma acção da exclusiva responsabilidade do Município sobre a qual - após múltiplas tentativas - ainda não conseguimos esclarecer quais os argumentos que a sustentam.
Ainda assim, continuamos a desenvolver esforços no sentido de obter informações e dialogar com a Câmara Municipal de Guimarães.
Tal não tem sido facilitado e, antes que se iniciem as obras de construção, gostaríamos de apontar alguns dos motivos que nos movem e moverão porquanto nos parece injusto que - sem um debate e consenso alargado - se estrague irreversivelmente um Património que se mantém vivo após mil anos de desenvolvimento desta cidade. 

Com efeito:

a) Seria porventura natural que uma cidade com um centro histórico Património da Humanidade tivesse um plano de gestão do Bem Cultural inscrito na UNESCO. No entanto, não só não existe como não parecem existir os estudos parcelares que sustentem grandes alterações ao Património que - a priori - se pretende valorizar através da continuação de actuações de conservação urbana, que mereceu durante anos a Guimarães o estatuto de exemplo nacional e internacional.

b) Nesse sentido, não se conhece um estudo sobre a mobilidade integrada em Guimarães onde porventura poderíamos aferir se, de facto, haverá necessidade de mais parques de estacionamento para automóveis em Guimarães, onde se devem localizar e de que tipo devem ser.

c) Não obstante o exposto, decidiu o Município - sem discussão pública - construir um parque com capacidade para 500 lugares de estacionamento automóvel. 

d) Esta edificação ocupará o interior de um quarteirão delimitado, maioritariamente, por edifícios do século XIX. 

e) A maior parte dos edifícios são habitacionais e, ainda que existam edifícios devolutos, seria expectável e desejável que a Câmara continuasse o processo que iniciou na década de 80, de melhoramento das condições de vida no centro urbano, de modo a promover um centro urbano vivo, habitado.

f) A implantação do edifício do parque incidirá sobre os terrenos onde hoje existe um grande stock de “verde privado urbano” - sendo porventura o único quarteirão do centro histórico com uma verdadeira área privada permeável, não construída.

g) A implantação do edifício porá fim a esse património paisagístico e a esse “stock verde” que, sendo importante para as edificações envolventes, não é menos importante para a qualidade ambiental de toda a cidade. Algo que será colocado em risco.

h) A intervenção significará o apagamento da estrutura cadastral, das especificidades do parcelário urbano, muito específico, diferenciador e, só por si, um património de valor não mensurável, onde se inclui, para além das habitações, antigas fábricas de curtumes, que a própria Câmara procura classificar como Património da Humanidade.

i) No seguimento do ponto anterior, só será possível esta operação através da aquisição e/ou expropriação sistemática dos lotes necessários ao edifício e seus acessos, e fazer “tábua rasa” deste histórico da evolução urbana.

j) Nesse sentido, está em causa a transformação de um património que envolve múltiplos proprietários, moradores, arrendatários, comerciantes - passando para a hegemónica propriedade municipal - expulsando, directa ou indirectamente, as populações locais. 

k) Os proprietários, moradores e utentes em geral desta área não foram ouvidos ou sequer presenteados com as premissas que determinam este investimento e as suas implicações, designadamente económicas (quer para os privados quer para o erário público).

Outros aspectos que consideramos já de pormenor - ainda que reveladores da inconsistência e desadequação desta decisão para este local: 

l) A morfologia urbana, especificamente nesta área, é caracterizada por ruas estreitas, inclinadas, que pouco ou nada se coadunam com o tráfego rodoviário. Aspectos de pormenor que pudemos observar no projecto de arquitectura revelam aspectos anedóticos, designadamente na entrada e saída do parque. Anedóticos na medida em que evidenciam a brutalidade da imposição deste equipamento motorizado sobre um contexto humanizado sensível.

m) Para além dos aspectos sócio-económicos e de morfologia do edificado, as especificidades topográficos, geológicas e hidrológicas desaconselham uma intervenção deste tipo. A inclinação do terreno, as linhas de água que atravessam os terrenos e irrigavam os jardins e hortas, o solo rochoso, granítico, sobre o qual assenta a nossa cidade - são todos aspectos que podem ser ultrapassados com elevados investimentos que provocarão danos ambientais irreversíveis.

n) São vários e graves os problemas sociais e económicos que uma parte da população local atravessa nos últimos anos e, neste contexto económico desfavorável, torna-se ainda mais gritante o dispêndio de milhões de euros para fins não justificados e com impactos negativos claramente identificáveis.


São inúmeros os aspectos que poderíamos continuar a elencar.
Mas dirigimos a seguinte questão provocatória: Será esta iniciativa uma condição para se conseguir o estatuto de Capital Europeia Verde?


Com os melhores cumprimentos,


Assembleia Popular da Caldeiroa

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Património de futuro

Imagem da exposição Almoço de trabalhadores, da dupla Felícia Teixeira e João Brojo, n'O Sol Aceita A Pele Para Ficar
(14 de Maio a 11 de Junho de 2016)













Comparado à fábrica reabilitada por pessoas cuja profissão é pensar e fazer objectos que provocam pensamentos, o parque de estacionamento é absurdo.
O pensamento é no sentido alargado uma das actividades fundamentais de qualquer ser humano.
Na fábrica da travessa da Caldeiroa já foram produzidos filmes, figurinos, textos, performances, banda desenhada, pintura, etc. e para complementar estas actividades, dentro da mesma fábrica, estes mesmos artistas gerem e suportam o espaço-galeria com o nome O Sol Aceita A Pele Para Ficar que abriu em Setembro de 2015.
Património de futuro podemos considerar as experiências do presente que se transformam em memória, desejos e inquietações. E o espaço da fábrica da Caldeiroa pela dinâmica e estrutura permite desenvolver mais ligações entre os trabalhadores culturais e os interessados.
A construção do parque de estacionamento Camões/Caldeiroa vai destruir parte do que estes artistas já construíram.

Guimarães, 5 de Fevereiro de 2017

Max Fernandes

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Opinião de um arquitecto e urbanista vimaranense

 
Futura entrada do parque (traseiras da Caixa Geral de Depósitos)


As opiniões contra a construção do parque de estacionamento Camões/Caldeiroa vêm de vários lados. Aqui vai o comentário do arquitecto Sérgio Bastos:

"Eu só conheço uma entrada na Caldeiroa por baixo de um edifício e dizem que na viela destruirão um edifício (antiga fábrica) hoje atelier de artistas que ali produzem arte e têm os seus postos de trabalho. Dizem-me que vão amputar o tecido urbano (duas casas) na travessa de Camões, por trás da CaixaGD para outra entrada/saída !

Para já o grande problema é a sua localização que põe em causa um pulmão da cidade e como consequência a qualidade do ar que respiramos enquanto caminhamos a pé e eu caminho muito a pé e conheço muito bem a cidade…a pé (ao contrário de muitos urbanistas que desenham a nossa cidade) e dos residentes! Além do ruído e a trepidação para os edifícios do centro histórico! 

Mas o problema não é só destas “entradas no quarteirão”, que são já de si acessos péssimos – ruas inclinadas e estreitas, mas os verdadeiros acessos ficam muito, mesmo muito distantes do parque de estacionamento - central de produção de dióxido e monóxido de carbono - ter-se-á que percorrer centenas de metros para lhe aceder !!!…ficam em S. Lázaro na entrada da rua D. João I, na entrada da rua da Cruz de Pedra, ou rua da Liberdade, ou ter que ir e passar pelo Toural…etc. etc

Para mim as entradas bem pensadas são nas entradas e saídas para a circular urbana e é onde devem ser feitos os parques de estacionamento e complementados com pequenos veículos ( eléctricos melhor e a capital verde exige) que circulem na cidade para quem não pode andar a pé e deslocar-se 1000 metros que é o diâmetro da cidade.
Agora, fazer parques de estacionamento no coração da cidade?! Só de “pensadores” do séc XX podem sair ideias destas…absurdas, contrárias ao exigível e beneficiar o automóvel em detrimento das pessoas!!!

Por outro lado, este presidente foi à Associação de Municípios do Vale do Ave –corrige –me se não estou certo - e declarou que queria uma espécie de combóio ou metro que os ligasse a todos! Muito bem, excelente! 

Não deveria pensar no plano e nas respetivas estações (com discussão pública, claro - que não está habituado a fazer - e deixar de lado estas investidas de parques de estacionamento automóvel em tudo que é sítio? Campo da feira, Alameda…Acho que deve ser por ser ano de eleições que as mentes andam muito borbulhantes e pouco coerentes!"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A trapalhada


As verdadeiras portas do futuro parque de estacionamento Camões/Caldeiroa são a Rua D.João I, Rua da Liberdade, Rua Paio Galvão, Av. Alberto Sampaio e Largo República do Brasil, só para nomear as de mais afluência de trânsito.
Este futuro parque de estacionamento vai trazer ao centro histórico de Guimarães mais carros e com isso mais poluição. 
Ninguém quer isso para a sua cidade.

€7Milhões para o parque de estacionamento

O esventramento que querem fazer dentro do quarteirão de Camões/Caldeiroa por € 7.000.000 (sete milhões de euros). 
Capital verde e sempre a destruírem tudo o que é verde, para construírem centrais de produção de carbono no coração da cidade?! Podemos andar a pé com tanta poluição no ar?

Veja-se a foto. Pegado a sudoeste - do outro lado da travessa da Caldeiroa - há um parque de estacionamento! E a 70 metros há o parque da feira com 550 lugares e nunca, nunca está cheio!

E este parque vai custar 7.000.000 (sete milhões de euros)! Agora, porque no fim nunca se sabe - tem alicerces escondidos não verificáveis porque enterrados - Não falta estacionamento em Guimarães, o que há é falta de informação e gestão para sabermos onde há lugares e não andarmos feitos galinhas tontas a poluir à procura de lugar. Os painéis electrónicos não podiam informar as vagas? E não seria - construir um piso sobre a feira - incomensuravelmente mais barato, económico e melhor localizado junto à saída/entrada da circular urbana da cidade!

Constituição portuguesa Artigo 66.º
1. Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.
b) Ordenar o ordenamento do território, tendo em vista uma correcta localização das actividades e a valorização da paisagem;
c) Proteger paisagens de modo a garantir a conservação da natureza
d) Promover a estabilidade ecológica, com respeito pelo princípio da solidariedade entre gerações;

Os partidos existentes depois do 25 de Abril defenderam tanto o não retorno ao fascismo que não deram hipótese à sociedade civil desse retorno. E bem!

Mas, bloquearam o exercício da cidadania inscrita na constituição e tornaram refém toda a sociedade civil até hoje! Só com partidos políticos (ou quase) se pode transformar e correr com este centrão que nos tem governado ou depenado durante este tempo dito democrático. Apareçam partidos novos, jovens, ecologistas, conscientes e sem carneiros que acenam a tudo o que o líder diz e faz e defendam o bem comum e não as suas seitas.