1ª Assembleia Popular
da Caldeiroa
Ordem de trabalhos:
·
Primeiro ponto – construção do parque de
estacionamento da Caldeiroa/Camões;
·
Segundo ponto – outros assuntos.
A 1ª Assembleia Popular da Caldeiroa contou com a
participação de uma dezena de pessoas. Estava muito calor e a assembleia decorreu
na entrada para a fábrica que funciona como atelier de vários artistas.
Tendo como ponto primeiro o processo de construção do parque
de estacionamento Caldeiroa-Camões, foi dada a palavra a todos os que se
inscreveram.
A assembleia foi promovida pelo grupo de artistas que
utiliza a fábrica como atelier colectivo. Começou com a apresentação das vagas
imagens virtuais da futura construção. Na primeira intervenção, o colectivo de
artistas descreveu as condições de trabalho e a recusa em aceitar que o atelier
seja substituído por um parque de estacionamento.
A segunda interveniente mostrou solidariedade para com o
colectivo e levantou a questão da viabilidade do parque com a pergunta: “existe
algum estudo independente sobre a taxa de ocupação dos parques de
estacionamento pagos, em Guimarães?” E continuou dizendo que numa verificação
quotidiana in loco concluiu que a
taxa de ocupação é baixa. Levantou, também, a questão do porquê um parque para
carros numa altura em que a “cidade” se propõe a candidata de capital verde em
2020.
O terceiro interveniente mostrou igualmente a
solidariedade para com o colectivo. E argumentou que a viabilidade de uma
cidade não pode ser ter um parque a cada cem metros. Continuou dizendo que o
parque não resolve problemas na cidade como o do comércio local e o da
poluição. A construção do parque só aumentaria o problema da poluição no centro.
E, acrescentou que a poluição do ar é uma grande causa de morte, a nível
global. Enquanto usava o direito da palavra, ainda apresentou alternativas ao
problema da mobilidade existente na cidade. A preocupação em apresentar
alternativas deve-se ao que parece ser um investimento público mal aplicado.
Daí ser importante ter em consideração os sistemas de mobilidade integrados
opostos à solução inviável do parque. Aproveitando o tema lançou várias
alternativas para o uso dos 7 Milhões de euros previstos para a construção do
parque de estacionamento.
Nas restantes intervenções foram surgindo outras questões
mas sempre num reforço de criar um grupo de acção contra a construção do parque
de estacionamento.
Guimarães, 16 de Julho de 2016
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